Isaac Asimov vive circulando pelo espaço, achando histórias em estrelas e planetas distantes e nos visitando de vez em quando. O que poderia ser só uma licença poética para descrever seu ofício de autor de ficção científica é a mais pura verdade desde que um asteróide foi batizado com seu nome. Poucas honras poderiam ser maiores para um autor do gênero, e Asimov ainda tem outras: recebeu da Associação Americana de Escritores de Ficção Científica o título de Grande Mestre e escreveu quase 500 livros. Eu, robô é parte de uma das três grandes séries de Asimov ? Robôs, Fundação e Império. Retoma uma das personagens principais, a grande roboticista Susan Calvin, e a faz contar, em retrospecto, histórias que resumem a evolução da robótica. A narrativa engenhosa conduz o leitor com um didatismo disfarçado: levados pela imaginação e pelo humor de Asimov, nem nos damos conta da lição de história da robótica que acabamos aprendendo. Entre a babá da primeira história e a Máquina, com maiúscula, que controla toda a Terra, na última, há ainda espaço para robôs que enlouquecem, que fazem piadas, que lêem pensamentos e até robôs orgulhosos de serem mais espertos do que os seres humanos.. Eu robô também apresenta as três leis da robótica, outro alicerce da ficção científica. De acordo com elas, a primeira obrigação de um robô é proteger seres humanos, a segunda é obedecer às ordens de humanos e a terceira é se proteger. A aparente simplicidade esconde os numerosos conflitos que podem surgir, e servem de mote para mais de uma história. Eu robô foi adaptado para o cinema, e tem previsão de lançamento mundial em agosto.
LEIA UM TRECHO:
Cerca de uma hora mais tarde, Powell olhou para a mão pousadano braço da poltrona e disse com uma calma gélida: – Sinta a parede, Mike.
Donovan obedeceu e declarou: – Posso senti-la vibrar, Greg.
Até mesmo as estrelas pareciam pouco nítidas. De algum lugar, vinha a impressão de que uma possante máquina tornava impulso no interior das paredes, armazenando energia para um salto
prodigioso, vibrando e ganhando potência nas escalas de força. Chegou subitamente, como a dor de uma punhalada. Powell enrijeceu-se, quase saltando da poltrona. Viu Donovan,
mas sua vista se enevoou, enquanto o grito de Donovan morria em seus ouvidos. Algo se debatia dentro dele, lutando contra o espesso cobertor de gelo que ameaçava cobri-lo.
Algo se libertou, rodopiando num mar de dor e de luzes faiscantes.
E caiu...
...e rodopiou...
...e tombou para diante...
...no silêncio!
Era a morte!
Era um mundo sem movimento e sensação. Um mundo de uma vaga consciência insensível; uma consciência de escuridão, silêncio e de uma luta desprovida de forma.
Acima de tudo, uma consciência de eternidade..."
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