A literatura nunca mais foi a mesma depois que um fidalgo espanhol fã de romances de cavalaria chamado Quijano leu demais destas histórias heróicas e, delirante, decidiu sair pelo mundo afora, na companhia do pangaré Rocinante e de Sancho Pança, seu fiel escudeiro e contraponto, para fazer o bem e salvar donzelas em perigo. Tinha início a história do romance moderno, gênero do qual a obra de Cervantes segue sendo apontada como a expressão máxima. Neste primeiro livro (de dois), o leitor encontrará o texto publicado com enorme sucesso por Cervantes em 1605, sob o nome de As aventuras do engenhoso fidaldo Dom Quixote de la Mancha.
LEIA UM TRECHO:
"...Estes assim que de todo se certificaram de ser Sancho Pança e Rocinante, desejosos de saber de D. Quixote, se foram a ele, e o cura o chamou pelo seu nome dizendo-lhe:
- Amigo Sancho Pança, onde fica o vosso amo?
Conheceu-os imediatamente Sancho, mas determinou encobrir-lhes o lugar onde o amo ficava, e de que modo; e assim lhes respondeu que seu amo ficava ocupado em certa parte e com certa coisa de muito interesse, que ele nem pelos dois olhos da cara descobriria. - Deixe-se disso, Sancho Pança - disse o barbeiro -; se nos não diz onde ficou, cuidaremos, como já vamos cuidando, que o matastes e roubastes; e tanto mais que vindes montado no seu cavalo; ou nos haveis de apresentar o dono do rocim, ou com a justiça vos heis-de haver. - Para mim - respondeu Sancho - vêm erradas as ameaças, que eu não sou homem que roube nem mate a ninguém; a cada um que o mate a sua má estrela, ou Nosso Senhor que o criou. Meu amo ficou a fazer penitência no meio desta montanha, muito por sua vontade..."
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